quarta-feira, 7 de abril de 2010

Arte

A tecnologia é fascinante. Ela não só torna nossa vida cada dia mais confortável, como é capaz de auxiliar o homem a criar uma arte sem precedentes. Para uns é só um amontoado de pixels, para outros é um trabalho criativo que quebra inúmeras barreiras. E a arte computacional, como todas, é livre de evolução, quebrando o paradigma básico da tecnologia: Tudo fica melhor com o tempo.

A um tempo atrás, no qual games vinham em cartuchos e videogames possuíam poucos botões, a arte era imprescindível. A imagem que o jogador via na tela era completamente pixealizada e a resolução era baixíssima. Era algo muito diferente dos dias de hoje. Não existiam cenas animadas em computação gráfica nem personagens com vozes dubladas. Os sprites de Final Fantasy possuíam apenas 4 quadros de animação em batalhas e Mario foi criado com bigode pelo simples fato se ser impossível, na época, fazer uma boca convincente. Então o que tornava estes games tão bonitos?

A arte. Artistas passavam meses fazendo desenhos para os games. O trabalho era imensamente minucioso. Aquele desenho tinha que passar uma vida fora do comum para o programador que fosse desenhar aquela imagem em 24 pixels de altura. Games pré 1990 se assemelham muito à arte abstrata, deixando o jogador imaginar aquela cena nos mínimos detalhes. O manual dos cartuchos, algo que muita gente hoje em dia não sabe nem o que é, constantemente tinha com uma espécie de prequel dos acontecimentos principais (como o tamanho do cartucho era bastante limitado, muita coisa da historia tinha que ser explicada no manual mesmo) e era recheado de artes do game. Era uma vida imensa que eles passavam, e você via o cuidado que os artistas tinham com suas criações.

Na geração pré 1990, onde efeitos gráficos eram lenda, o importante era ter um game com uma arte sem igual. Tudo no game tinha que passar a idéia de o jogador estar dentro dele. Naquela época, o jogador se sentia dentro do jogo, não sendo forçado a entrar nele como nos dias de hoje. As artworks eram tão bem passadas para a Pixel Art que tudo parecia vivo, atraente. Hoje os jogadores só querem saber de HDR, Alta definição, Pixel Shader, Bump Mapping… Nos anos 80 basicamente todas as grandes empresas partilhavam da mesma tecnologia, o que tornava seus games bonitos era só e exclusivamente seu estilo de arte.

Bons tempos os que nós não sabiamos nem que tinha um processador dentro de nossos videogames…

Nenhum comentário:

Postar um comentário